quinta-feira, 3 de novembro de 2016

A BOLA DE FOGO



Em 1963, no ano que aqui cheguei, no porto da base, que fica em frente a são Jorge (do lado Francês), apareceu uma bola de fogo. Muitas pessoas viram isso acontecer.

Moravam no porto da base, aproximadamente seis famílias:

    1.      O senhor Filambre (funcionário da FAB, já falecido);
    2.      O senhor Raimundo Malafaia/Creusa Gonçalves;
    3.      O senhor Antonio de Oliveira/Jacira Malafaia;
    4.      O senhor Vicente Martin /Antonio Martins;
    5.      A senhora Marieta Gonçalves e
    6.      A senhora Nazaré Gonçalves/Adamor/Claudomiro.

Numa noite escura, estávamos todos reunidos na residência de um dos moradores, o senhor Filambre, para uma comemoração e esperávamos dois convidados, amigo do dono da casa para se fazerem presente em nosso meio, pois os mesmos viriam do destacamento, que era o sargento Dalmo e seu amigo.

E já estava ficando muito tarde e os convidados não chegavam, pois já estávamos ficando preocupados com a demora, então começamos a olhar várias vezes para a porteira que tinha logo na entrada e não aparecia ninguém chegando, nem uma luzinha qualquer, nada.

Mais tarde, alguém gritou. Aí vêm eles! Todos olharam e avistaram um foco, tipo lanterna, e acreditando que seriam os convidados esperados por todos. Então ficamos esperando chegar mais perto, logo aquele foco pequeno foi crescendo, crescendo e ficando cada vez maior vindo em nossa direção.

Logo vimos que parecia com uma bola de fogo e cada vez maior, então pensamos logo que aquilo não era o que estávamos esperando.

Para que aquela coisa não viesse mais para o nosso lado, tivemos que fazer o sinal da cruz várias vezes, desconjurando-o dizendo: Cruz Credo! Cruz Credo! Cruz Credo!

E foi aí que tomou outro rumo, dobrando em direção ao igarapé e sumido adentrou no mato. Fazendo um grande barulho quebrando os matos por onde passava.

Rosemary Costa

O texto foi retirado do livro Martinica Ontem da professora Rosemary Costa. A pesar de alguns erros encontrados no livro, tentei ser fiel ao que está escrito nele. A finalidade dessa postagem é apenas captar relatos assim ocorridos na nossa graciosa cidade do Oiapoque.

2 comentários:

  1. Legal! Curto esses relatos e tenho o livro também. Na minha infância testemunhei um pequeno fato inusitado e curioso em Serra do Navio, e também descrevi em um blog.http://casteloroger.blogspot.com.br/2013/02/2012-da14-e-o-skylab-uma-pequena_13.html

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    1. Obrigado por seu comentário, pois é de grande valor para esse trabalho que realizo, pode deixar que irei ler com muita atenção e opinar tbm o seu relato, até mais ^^

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